quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Uma questão de perspectiva?

Naquela sala de festas em Janeiro as crianças corriam de um lado para o outro e só pararam quando o teatro começou.


jfm2004

Quando me sentei no chão e tive a perspectiva das crianças mais pequenas tive aquela sensação de quando se é pequeno e se tem só uma perspectiva das coisas, a nossa.
Como é que se lida com esta questão da perspectiva do investigador na investigação em relação com a noção de rigor e de distanciamento científico? (a propósito, o que é o distanciamento científico que se lê em alguns manuais de investigação?) Como é que posso conduzir uma análise de situações e práticas escolares usando um dado quadro teórico (e.g. inspirado na frame analysis de Erwin Goffman) sem assumir a minha perspectiva (eu+ Gofman+os meus dados+todo o resto do meu mundo social) sobre a situação em análise?

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A questão volta a ser a mesma. Faz-se investigação, conjugando eu+um teórico+os meus dados+o meu mundo social. Adverte-se o leitor de que aquele texto é uma salada russa :)entre as variáveis acima descritas:eu+um teórico+os meus dados+o meu mundo social? Desculpem o meu cinismo...
MCR

6:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Alguns elementos para clarificar a discussão. Não se trata de variáveis. Trata-se daquilo que constitui a produção de conhecimento em qualquer área: a minha intencionalidade, os quadros teóricos que uso nas análises que tenciono fazer, os neus dados empíricos, os resultados que espero obter. As biografias de cientistas (inquestionáveis do ponto de vista de produção de conhecimento) tais como Einstein ou Feynman (para ir às ciências "duras") mostram exactamente isso. Não se deve confundir a má qualidade e a fraude da investigação (que existe infelizmente em todas as áreas) com os processos, a validade, a pertinência dessa mesma investigação.
JFM

8:15 da tarde  

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